Um passo pra trás. Um salto pra frente!

Para muitos profissionais, qualquer proposta de downgrade na carreira beira a ofensa. É sinal de maturidade considerar estas possibilidades como um salto de maturidade e preparo, que o levará ainda mais longe

Ao longo da carreira, muitas são as surpresas que podem estar reservadas à nossa frente. Por melhor que seja o planejamento, algo pode sair do controle e nos deparamos com uma escolha difícil: continuar estagnado ou dar um passo pra trás, apostando que isto nos levará bem mais adiante.

Continuar estagnado, geralmente, é a escolha de quem prefere ter a segurança de pisar em um terreno que conhece bem, embora possa não ser mais produtivo, não gerar mais bons frutos, mas ainda oferecer a garantia de entregar o básico. E nada além disso.

Ao escolher dar um (ou quantos forem necessários) passo pra trás, assume-me uma verdadeira série de riscos. Quem opta por este caminho pode ser exposto, ter sua vaidade ferida por uma possível perda de posição e status, sua renda diminuída em virtude de uma eventual redução de cargo, assim como pode se achar menos competente do que pensava que era, dada a fase de transição que irá encarar.

Mas fica a reflexão: o risco é válido?

O que se sabe é que ambos os caminhos são arriscados. Porém, igualmente perigoso é deixar a cargo do destino ou da própria empresa te empurrar no sentido de algum dos dois. Nesses casos, a escolha pode ser ainda mais dolorosa por não ter sido planejada e ter que ser encarada imediatamente, sem o tempo necessário para uma escolha madura e bem tomada.

Particularmente, prefiro o caminho do passo pra trás, até por que, por experiência própria, asseguro que ele leva bem à frente, anos luz de distância do caminho do conforto e da comodidade que achamos que temos.

Esta atitude ainda tem o poder de te blindar, de gerar bagagem, experiência e maturidade que não podem ser pagas por nenhuma pretensa segurança que uma estabilidade passageira pode dar.

Este caminho pode ser incerto, perigoso e dar a impressão de que reduz o profissional a algo que ele já havia deixado de ser há anos – seja em termos de cargo ou função, mas seus benefícios são incontáveis e constroem (ou reconstroem) um profissional ainda mais forte e preparado para as inúmeras intempéries que o mundo corporativo nos reserva.

O ideal é pensar bem antes de distribuir “nãos” a certos convites, seja por vaidade ou comodismo. O retorno pode ser muito bom!

FONTE: www.administradores.com.br
AUTOR: JESSE LOPES, em 15 de novembro de 2016.

Redação
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