Como não aprisionar sua carreira no fracasso
Trabalhar com o que não gostamos, ganhar pouco, ter uma carga horária exagerada; São várias as formas de esbarrar com o temido e nada simpático fracasso profissional
As constante evoluções tecnológicas, as crises econômicas e o aumento da competitividade dos mercados através da globalização fez e faz com que muita gente mude de cargo, empresa, área de atuação e até de profissão, visando fugir de algo que todos temos em comum: medo do fracasso.
A definição de fracasso profissional é bem relativa. Trabalhar com o que não gostamos, ganhar pouco, ter uma carga horária exagerada, estar em um cargo que não possibilita crescimento profissional, etc. São diversos fracassos possíveis que podemos enfrentar e os problemas gerados não ficam apenas no âmbito profissional, passando a afetar o psicológico e esbarrando no medo e desestímulo de recomeçar.
Porém, se por um lado temos muitas chances de bater de frente com o fracasso, por outros podemos enfrentá-lo, derrubá-lo e conviver pacificamente com o objetivo comum e oposto: o sucesso.
Para isso, vale pensar, planejar, refletir, agir e principalmente não se abater diante de erros, tendo consciência que essa batalha não é exclusividade nossa e que não há qualquer problema em sentir-se confuso diante de tantas escolhas que temos que fazer em nosso cotidiano.
Abaixo você confere seis dicas que podem dar uma luz para quem está confuso sobre o que fazer e não quer dançar de mãos dadas com o temido fracasso:
1 – Planeje
Ao construir uma casa, arquitetos passam dias, semanas e até meses pensando e repensando o projeto. Tudo é calculado milimetricamente e criado para gerar o máximo de conforto, segurança e estabilidade para os seus clientes. O mesmo deve ser feito em nossa carreira profissional. Neste caso, porém, nós somos os arquitetos e os clientes, e tudo ao mesmo tempo. Para realizar um bom planejamento, ter autoconhecimento é fundamental. Saber o que queremos, quando queremos, onde queremos e o porquê de querermos algo é o chão que vamos pisar em nossa caminhada. Se preciso, vale estipular datas, cargos e títulos.
2 – Não se tornar refém do planejamento
Planeje, mas não esteja totalmente preso ao que foi estipulado anteriormente. O motivo? Muita coisa muda ao longo do tempo. O objetivo de hoje pode não ser o melhor amanhã. O tempo pode causar uma verdadeira reviravolta em nossos planos. Por isso, esteja aberto às possibilidades que surgem.
No entanto, é importante ter um senso crítico bem apurado e se conhecer, deixando de lado as inconstâncias e indecisões, evitando assim arrependimentos futuros.
3 – Aprenda a tomar decisões
Pais, amigos, patrões, cônjuges. Todos querem opinar e decidir o que é mais importante para nós. Aqui, ter autoconhecimento pode definir se você terá uma carreira de sucesso ou fracassada. De nada vai adiantar ouvir os seus pais e seguir uma profissão se você não for feliz nela. Tudo deve estar perfeitamente alinhado com os seus propósitos profissionais e pessoais.
Por isso, conhecer a si próprio é a melhor arma na hora de tomar decisões. O que vale mais para você: dinheiro ou tempo livre? Status ou felicidade?
E lembre-se sempre: boa parte do seu dia será dedicado ao seu trabalho e se você não for feliz nele, dificilmente estará satisfeito ao deitar-se para dormir.
4 – Aceitar seus erros e aprenda a corrigi-los
Errar é humano. Corrigir erros também. Todo mundo erra, mas nem todos têm a gloriosa atitude de buscar uma correção. O erro mais grave é se acostumar com falhas que são corrigíveis, seja por medo, preguiça ou vergonha. De um modo ou de outro, há sempre um modo de corrigir problemas. E acredite, pequenos erros podem virar gigantescas bolas de neves se não observadas e tratadas no tempo certo. Tente errar o mínimo possível, mas também não se puna ao ponto de desmotivar do seu objetivo por uma falha que todo mundo comete. Bom senso é a peça-chave neste quesito.
5 – Escolha bem seus parceiros
É bastante complicado seguir uma direção quando nossos parceiros ou parceiras querem percorrer a estrada contrária. Já imaginou enfrentar os desafios no trabalho, acadêmicos, familiares e ainda por cima ter que encarar um cabo de guerra com nossos cônjuges ao chegar em casa?
A mesma análise deve ser feita na hora de escolher os nossos colegas no âmbito profissional, bem como as empresas parceiras que vão nos ajudar no dia a dia da empresa. Fornecedores, por exemplo, devem ser minunciosamente escolhidos para garantir que tudo aconteça de forma saudável, no tempo certo e com o máximo de qualidade possível. Afinal, se um fornecedor falha, a empresa falha e o cliente fica insatisfeito. Insatisfação gera problemas, que gera desmotivação, estresse, mais problemas, e o fim da história acaba na temida porta do fracasso. Analise, conheça, escolha pacientemente e, se erros forem cometidos, volte ao item quatro e corrija-os adequadamente.
6 – Escolha bem as empresas onde vai trabalhar
O trabalho deve estar alinhado da melhor forma possível com o que você quer viver. Com isso, surgem mais e mais questionamentos: ganhar bem na empresa X, trabalhar com o que gosto na Y ou ser reconhecido profissionalmente na Z? A escolha quem faz é você. Aqui, vale colocar no papel os prós e contras de cada proposta, usar uma balança para conferir o peso de cada uma e, no fim, escolher a que mais adequada aos seus objetivos de vida.
Aspectos como salário, tipo de trabalho, horas de trabalho, localização, reconhecimento profissional e satisfação pessoal devem ser cautelosamente examinados. Na dúvida, teste. O autoconhecimento é oriundo de decisões passadas, certas ou erradas, que nos definem. Desse modo, erros serão cometidos, mas nada que não possa ser corrigido em outras oportunidades. Por isso, não se desespere. O “não sei o que fazer!” não é uma exclusividade sua. O equilíbrio pode ser a solução viável para os questionamentos acima elencado.
Fonte: Administradores.com, 30 de março de 2016, às 17h29min