Retração no setor de serviços perde força em julho, diz PMI

Serviços: “A saúde do setor de serviços do Brasil mostrou alguns sinais de recuperação em julho”

A retração do setor de serviços no Brasil foi menos intensa em julho, em parte por causa da Olimpíada, que acabou ajudando os novos negócios no período, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada pelo Markit nesta quarta-feira.

O PMI de serviços brasileiro ficou em 45,6 em julho, sobre 41,1 em junho. O número, apesar de melhor, segue abaixo da marca de 50 –que separa crescimento de retração– pelo 17ª mês seguido.

“A saúde do setor de serviços do Brasil mostrou alguns sinais de recuperação em julho, com as taxas de redução dos novos negócios e atividade desacelerando substancialmente”, afirmou em nota a economista do Markit Pollyanna de Lima, acrescentando, no entanto, que a confiança ainda está abalada.

No mês passado, as quedas foram menos intensas em cinco das seis categorias de serviço monitoradas na pesquisa.

O volume de novos negócios caiu pelo 17º mês seguido em julho, mas o ritmo de retração foi o mais fraco do período.

Esta desaceleração refletiu o crescimento na entrada de novos trabalhos na categoria de intermediação financeira e na de hotéis e restaurantes, movimento vinculado pelos entrevistados aos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

O ritmo de corte de vagas também foi menos intenso no mês passado, embora os esforços para cortar custos ainda gerem número expressivo de demissões e os cortes tenham atingido as seis subcategorias pesquisadas, destacou o Markit.

O otimismo no setor melhorou em julho, atingindo o recorde de alta em quase três anos e com 61 por cento das empresas vendo patamares mais altos da atividade no próximo ano.

A melhora no sentimento reflete, entre outros fatores, as expectativas com a recuperação econômica e a Olimpíada.

O sentimento também melhorou na medição feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que mostrou seu Índice de Confiança de Serviços (ICS) subindo pelo quinto mês seguido em julho e chegando ao maior nível desde maio do ano passado.

A retração no setor industrial também foi menos pronunciada em julho. Desta forma, o PMI Composto brasileiro subiu a 46,4 no mês passado, a maior leitura desde março de 2015, após 42,3 em junho.

Flavia Bohone, da REUTERS publicado na Exame.com 03/08/16 10:13

Redação
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