Comunicação não-violenta: você sabe o que é?

Você já parou para pensar se as nossas palavras e gestos são capazes de causar danos a outras pessoas? Se sim, como ser capaz de utilizar a comunicação não-violenta?

A OMS, Organização Mundial da Saúde,o termo “violência” é caracterizado como o uso intencional de força física ou poder, seja na realidade ou apenas em ameaça e que possa causar danos a si próprio, outras pessoas ou comunidades. Além disso, de modo geral, nossa cultura nos influencia a estabelecer uma comunicação sem empatia ou compaixão e isso vem prejudicando nossas relações, tanto familiares quanto profissionais.

Preparamos esse artigo para te ajudar a entender melhor sobre o assunto e sobre como adotar uma comunicação não-violenta

O que caracteriza uma comunicação violenta?

Antes de qualquer coisa, é interessante ressaltar que comunicação violenta nem sempre está acompanhada de grosseria. Ela é a comunicação que nega o reconhecimento de necessidades, diminui o valor de indivíduos e não age de forma empática.

Além disso, muitas vezes, é resultado de construções comunicativas que envolvem linguagem manipuladora e coercitiva, e leva a quem escuta ou fala a se sentir com medo, culpado, triste e/ou punido.

7 principais ações que alimentam uma comunicação violenta

1. Comunicar nossos desejos em forma de exigência insinuando punições ou retaliações caso eles não sejam atendidos

Exemplos: “Coma todo o almoço ou você não vai poder sair”; “Espero que você entregue esse relatório até sexta para não termos problemas mais sérios”; “Se você não me der mais atenção vou acabar achando que você não me ama”.

2. Terceirizar nossos sentimentos, responsabilidades e atos para outras pessoas ou situações, nos colocando como vítimas incapazes de alterar nossa realidade.

Exemplos: “Só fiz isso porque não tinha opção”; “Queria muito usar isso, mas o que eles vão pensar”; “Eu queria ir, mas meu namorado vai ficar chateado se eu for”.

3. Fazer generalizações a partir de situações específicas ou pontuais de forma a criar uma imagem distorcida do todo

Exemplos:“Você é muito bagunceiro. Mais uma vez não arrumou o quarto antes de sair”; “Atrasada de novo? Você é muito desorganizada”; “Porque você a tratou mal? Você é muito grosseiro”. 

4. Fazer comparações diversas de forma a inferiorizar ou julgar os outros ou a nós mesmos

Exemplos:“Ana, por que você não se comporta como a Carol?”; “Joana tem um corpo lindo, nunca vou conseguir isso”; “João está entregando os relatórios muito mais rápido que você, o que está acontecendo?”.

5. Apresentar pensamentos e opiniões como se fossem sentimentos verídicos

Exemplos: “Eu sinto que você não me entende”; “Eu sinto que ela não gosta de mim”; “Eu sinto que o João não vai com minha cara”.

6. Fazer julgamentos moralizantes, no qual quem pensa diferente de nós é totalmente errado ou mau

Exemplos: “Pessoas como você que gostam desse tipo de gente tem mais que apanhar mesmo”; “Quem apoia bandido devia ser preso também”.

7. Usar palavras “sempre”, “frequentemente”, “nunca”, “jamais”, “raramente” e outras como verdades absolutas, não declarando nossa responsabilidade sobre essas percepções.

Exemplos: “Você está sempre atrasada”; “Eles nunca pedem desculpas”; “Ele deixa o quarto bagunçado frequentemente”.

O que é a comunicação não-violenta?

A comunicação não-violenta (CNV)  foi uma técnica criada pelo psicólogo Marshall Rosenberg na década de 60 e baseada na resolução de conflitos de grandes líderes mundiais como Martin Luther King e Mahatma Gandhi. Trata-se de uma técnica para tornar a forma como nos comunicamos mais positiva, seja com outros ou consigo mesmo.

Onde é possível utilizar a comunicação não-violenta?

A comunicação não-violenta pode ser utilizada em qualquer esfera da vida como:

  • relações íntimas, escolares, familiares e profissionais
  • na terapia
  • conflitos
  • aconselhamentos
  • negociações
  • disputas
  • debates

Como praticar a comunicação não-violenta?

Dentro da CNV, a violência sempre é reconhecida como uma necessidade não atendida e é somente a partir da consciência e do compartilhamento dessa necessidade que é possível substituir a violência pela não-violência.

E, de acordo com Rosenberg, a estrutura para estabelecer essa consciência e declará-la é composta por 4 elementos fundamentais que podem ser apresentados em qualquer ordem:

1. A observação

É a declaração objetiva de uma situação e não pode conter avaliações ou análises de nenhum jeito, apenas uma descrição para contextualização dos envolvidos.

2. Os sentimentos

Depois da observação, declara-se os sentimentos que surgiram na situação.

3. As necessidades

Após identificar os sentimentos, é momento de expor quais necessidades não atendidas estão envolvidas na situação

4. O pedido

Para fechar, são apresentados os pedidos para sanar as necessidades ou excluir os sentimentos negativos.

Os 3 melhores livros sobre Comunicação não violenta

Esse é um tema extenso e não existe forma mais efetiva de adquirir conhecimento do que pela leitura. Com isso, separamos os três melhores livros sobre Comunicação Não Violenta e que estão disponíveis no mercado.

  • Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais – Marshall B. Rosenberg
  • Vivendo a Comunicação Não Violenta – Marshall B. Rosenberg
  • A linguagem da paz em um mundo de conflitos: sua próxima fala mudará seu mundo – Marshall B. Rosenberg

Comunicação Não Violenta: a chave para uma liderança humanizada

Nós da People TI entendemos que a comunicação não violenta é uma das chaves para o sucesso no mundo corporativo. Por isso, essa técnica é um dos temas abordados em nossa mentoria de liderança.

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Redação
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