Síndrome de Burnout: entenda o que é e qual seu impacto na vida profissional

Durante a pandemia de covid-19, casos de síndrome de Burnout apresentaram um aumento expressivo. A sobrecarga de trabalho provocada pela rotina de home office, potencializada pelo isolamento social, fez com com que esse distúrbio psíquico se tornasse um problema a ser enfrentado por grande parte da população. 

A síndrome de Burnout está presente em todas as profissões, principalmente nas que envolvem muita responsabilidade e pressão. A doença foi incluída na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) em 2019. Ela ocorre diante do esforço do indivíduo em se adaptar continuamente a situações estressantes. De tanto tentar se adaptar, ocorre um esgotamento físico e emocional. 

O grande fluxo de produção e consumo de informações, a competitividade e as exigências são elementos que contribuem para o aparecimento desta condição.

Sinais da síndrome de Burnout

O distúrbio foi inicialmente descrito em 1974 pelo psicólogo americano Herbert J. Freudenberger, e era relacionado apenas a profissionais com rotinas exaustivas, como enfermeiros, médicos, bombeiros e policiais. 

Um ponto importante para a compreensão da síndrome é que se trata de uma crise do indivíduo com o seu trabalho, não sendo necessariamente uma crise no relacionamento com colegas ou um problema pessoal, mas do ambiente social no qual o indivíduo trabalha. 

A síndrome de Burnout é mais comum em pessoas exigentes, entusiasmadas com o trabalho, sem medo de aceitar novas responsabilidades.

São alguns sintomas da Síndrome de Burnout: 

  • Falta de identificação com o próprio trabalho;
  • Dificuldade de concentração;
  • Alterações de humor;
  • Isolamento ou irritabilidade ao estar em contato com outras pessoas;
  • Perda de prazer por atividades que costumava gostar;
  • Pensamentos pessimistas;
  • Baixa autoestima.

Enxaqueca, cansaço, palpitação, dor muscular, insônia, falta de ar e distúrbios gastrointestinais também são condições físicas que podem estar relacionadas. É comum que a síndrome de Burnout seja confundida ou associada a diagnósticos de ansiedade e depressão. 

Diagnóstico e tratamento da síndrome de Burnout

O diagnóstico da síndrome de Burnout deve ser feito por um profissional especializado, como psicólogo ou psiquiatra, que irá prescrever o tratamento adequado, que pode incluir o uso de antidepressivos e psicoterapia.  

Atualmente, fala-se muito em ações de saúde mental dentro das empresas. O cenário ideal é que as organizações ofereçam à disposição de seus colaboradores, psicólogos, médicos e um time de segurança do trabalho.

No home office, porém, a distância física acaba sendo um empecilho para que os empregadores reconheçam sinais de esgotamento em seus funcionários. Por este motivo, é importante acompanhar a carga horária do profissional, entender como é o ambiente em que ele está inserido e quais adaptações se pode fazer para proporcionar mais qualidade de vida.

Como evitar a síndrome de Burnout  

Adaptar-se a uma rotina de home office é um desafio. Afinal, muitas vezes a comunicação acaba ficando mais distante ou distorcida. Consequentemente, a sensação de precisar “mostrar trabalho”, ou mesmo de que não dará conta, podem levar ao esgotamento profissional.

Se você quer prevenir ou tratar a síndrome de Burnout preste atenção em três atitudes que os profissionais em home office podem adotar:

  • Tenha um espaço físico de trabalho. Estabeleça limites claros entre as esferas “trabalho” e “casa”. Para isso, um passo importante é estabelecer locais e objetos/equipamentos destinados apenas para finalidades profissionais. Isso ajudará a se desconectar psicologicamente do trabalho no final do dia, e entrar novamente no ambiente doméstico para descanso.
  • Saiba reconhecer os benefícios do home office. Antes da pandemia, muitos trabalhadores sonhavam em trabalhar de casa, e de fato há vantagens. Em vez de perder horas no deslocamento até o escritório, é possível destinar esse tempo em dormir mais, passar mais tempo com a família ou ter um hobby.
  • Cuide de si próprio. Investir tempo, dinheiro ou atenção para melhorar algum aspecto do seu bem-estar é importante em momentos de estresse. Considere investir o dinheiro que não está sendo gasto em transporte ou outras despesas relacionadas ao trabalho.

Se você está se sentindo sem rumo, com sintomas de esgotamento profissional,  aproveite para acessar o artigo “como cuidar da sua carreira“. 

Para os gestores e o setor de Recursos Humanos, também temos algumas proposições para evitar que os seus colaboradores sofram com o Burnout. O ideal é que as empresas não exponham seus funcionários a condições de risco. Ações paliativas para controle do dano podem ser o estímulo a hábitos e estilo de vida mais saudável, com prática rotineira de atividade física e práticas de relaxamento mental como mindfulness. 

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Redação
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